BARRAGEM DO ZABUMBÃO SE APROXIMA DO ESTADO DE ALERTA!

30/09/2014 10:49

 

 
Infelizmente, mais uma vez, este veículo de comunicação, volta a abordar  um tema, preocupante, do qual tanto falamos e que há alguns meses, fomos inclusive questionados por "autoridades no assunto", divergindo e menosprezando a nossa preocupação e de toda a sociedade regional. Esse é o sentimento de todos que utilizam as águas da Barragem do Zabumbão.
 
O reservatório, construido pelo governo federal, represando o Rio Paramirim, com capacidade de armazenamento de cerca de 104 milhões de metros cúbicos de água potável, abastece hoje oficialmente 04 municípios: Paramirim, Caturama, Tanque Novo e Botuporã. Ressaltando que essa água, não abastece somente as sedes destes municípios, como também a área rural. além de abastecer regiões pertencentes aos municípios de Rio do Pires, Macaúbas e segundo informações até áreas rurais de Igaporã.
 
Um bem precisoso, que historicamente, vem sendo maltratado, esvaziado, estamos chegando ao NÍVEL DE ALERTA! Tudo isso foi previsto, quando falávamos que a barragem tinha suas águas utilizadas de forma irregular e irresponsável por famigerados latifundiários, que, com "Apoios de Associações" irrigam capim para engordarem bois, enquanto o objetivo principal do reservatório é o dessedentamento humano e animal de forma controlada e racional.
 
A CODEVASF, Órgão que administra ou finge administrar a barragem, tem cometido graves pecados, desde a falta de manutenção, segurança, peixamento, organização, fiscalização do uso das águas, além de se omitir, deixando de informar e cobrar de órgãos fiscalizadores como a ANA, IBAMA e outros tantos que pra nós existem apenas no papel, pois ignoram as denuncias de poluição por garimpos e a devastaçãos das nascentes. 
 
Diversas matérias, denúncias, alertas, foram veiculadas quanto a má utilização, desperdício da água e principalmente a insistência de alguns proprietários “protegidos”, que continuam dispostos a tudo, até a criaram “Associações” para que os arcaicos regos de irrigação por inundação, continuem levando milhões de metros cúbicos de um reservatório que agoniza.
 
Veja matéria referente em: https://oecojornal.com.br/noticia.php?id=2224
 
Com base nos índices de chuva registrados  e as previsões para 2014, apontadas pelas estações metereológicas, o quadro que se anuncia não é nada animador pelo menos por enquanto.
 
 
Muitos podem indagar, o que fazer? Qual a solução? Como podemos evitar essa catástrofe enquanto cidadãos comuns?
 
A resposta é simples, muita coisa pode ser feita,  a começar pela revisão dos sistemas de utilização, convocação dos órgãos que sempre estiveram ausentes ou quase insensíveis ao nosso problema, decisões precisam ser tomadas, de forma rápida, eficaz e contínua, para que não se concretize o que todos temem: Racionamento e até o esvaziamento total da barragem.
 
Além disso, conforme sugerimos em matérias anteriores, se não podemos resolver definitivamente o problema, por dependermos de fatores climáticos, pelo menos devemos fazer a nossa parte. Iniciando com a mudança de hábitos no trato com a água, desde a nossa casa, buscando economizar, conscientizando amigos, vizinhos sobre a atual situação e participando mais ativamente dessas discussões, seja pelas redes sociais ou se mobilizando pessoalmente, pressionando autoridades a debaterem esse tema com a população regional, empunhando a bandeira pelo fim dos desperdícios.
 
Faz-se necessário debater também a questão do esgotamento sanitário da cidade de Érico Cardoso, promover uma campanha pelo fim do descaso, pelo fim da irrigação por inundação, pelo fim dos famigerados regos que revoltam cada cidadão ao contemplar tanta água desperdiçada nestes terrenos ribeirinhos, que em nada contribuem para a economia local e regional.
 
 
Cobrando também através de audiências públicas, a revisão e aplicação das normas da ANA Agência Nacional de Águas, para que, uma vez que a barragem é para consumo humano e animal, que lhe sejam aplicadas todas as garantias de conservação, fiscalização e proteção.
 
 
Fonte O ECo Jornal.